Feira Agroecológica e Solidária: nutrindo caminhos para uma soberania alimentar e futuro da Amazônia maranhense

No último dia 02 de setembro, as Emaranhadas realizaram em parceria com a Associação Tijupá e o Coletivo Reocupa, uma edição especial da Feira Agroecológica e Solidária pelo Dia da Amazônia.  

A edição integrou a programação do Resistência Fest 2, e foi um aquecimento para o evento, mostrando nossas resistências através do bem viver e formas de cultivo praticados pelas mulheres de nossa amazônia maranhense.

Quando pensamos na realização da feira, buscamos acionar uma rede já consolidada e que realiza um trabalho com produtoras e produtores rurais há cerca de dez anos: a Associação Agroecológica Tijupá.

Assim, a Tijupá nos ajudou organizando boa parte das produtoras da região metropolitana de São Luís. Foram 23 mulheres expondo seus produtos alimentícios e artesanais. Já as Emaranhadas, a partir de sua rede, conseguiu contactar e levar cerca de 15 mulheres da zona rural, dos municípios de Rosário e Pirapemas, assim como algumas fazedoras de cultura da capital já alcançadas pelo projeto.

Realizada na Praça Deodoro, ponto de grande circulação de pessoas no centro de São Luís, a feirinha pôde dar maior visibilidade às produtoras e artesãs presentes. Estima-se, pelo menos, a passagem de 500 pessoas entre às 8h e 14h do dia dois de setembro, que puderam conhecer e consumir produtos alimentícios mais saudáveis, livres de agrotóxicos, como verduras, legumes, hortaliças no geral, além de farinhas, doces, geléias, pães, biscoitos, feitos artesanalmente pelas mulheres. 

E, falando em artesanato, também tivemos artesãs expondo seu rico trabalho com biojoias, bolsas, roupas e acessórios feitos em processos manuais e tradicionais. A feirinha, dessa forma, incentivou não só a agroecologia e agricultura familiar das mulheres da amazônia maranhense, como fomentou a economia solidária, o trabalho de pequenas empreendedoras, gerando renda e auxiliando na independência financeira de tais mulheres. Mulheres que lutam pela manutenção dos saberes ancestrais e pela soberania alimentar. 

A artesã Genilda, do grupo Marcha das Mulheres São Luís, gostou da experiência da feira: “Amei tudo! As vendas, as apresentações de produtos, as atrações culturais e mais ainda, as interações entre todo o grupo, tanto da organização, como dos expositores, o público e clientela, que juntos formamos uma busca pelo bem comum e porque não dizer, do amor!”

Já Dona Ana Lúcia, produtora de Tendal Mirim, aguarda novas edições da feira:

“tenho certeza que mais espaços como esse que tivemos, vamos conseguir, porque somos mulheres emaranhadas guerreiras e resolvidas. Viva a resistência, viva as Emaranhadas”

Fotos: Don Salvatore

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