Neste sábado (02), a Rede Emaranhadas realizou o encontro ampliado do mês de março, abrindo as reflexões para este mês em que se celebra a mulher, para discutir dois temas cruciais que atravessam nossas emaranhadas: a luta no campo e a saúde mental que, por vezes, é negligenciada.
Para nos ajudar a refletir e tecer estratégias sobre as lutas no campo e na zona rural, recebemos Angela Matos, presidente da Federação estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – FETAEMA.
Ela trouxe para o encontro um panorama do enfrentamento das violências no campo e como as mulheres são atingidas, sobre os desafios de ser mulher à frente de uma organização como a federação ainda as perspectivas e as pautas que as trabalhadoras rurais reivindicam.
Já no período da tarde, o encontro recebeu a psicóloga e psicanalista Cíntia Urbano para falar com as mulheres sobre os cuidados com a saúde mental, dando pistas de como reconhecer “sintomas” que requerem atenção.
“O não que você não dá para o outro, volta para você em forma de adoecimento”, pontua a psicóloga alertando para os limites que precisamos estabelecer nas relações com outras pessoas que sempre nos procuram quando precisam.
O objetivo foi mostrar para as mulheres possíveis situações que geram o gradativo adoecimento mental e quais recursos podem ser acionados para um cuidado preventivo.
Este momento de reflexão destaca a complexidade da vida das mulheres no campo, nas comunidades indígenas, tradicionais e quilombolas, que têm uma sobrecarga de demandas que somam questões pessoais às questões do coletivo, realçando a importância de uma abordagem e um cuidado integrado que leve em consideração não apenas as batalhas externas, mas também as internas.